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Expocarambeí: A genética que faz a diferença

A genética pode representar até 30% do faturamento dos mehores produtores. Uma vaca premiada pode valer até R$ 200 mil.

A elite do gado leiteiro holandês da bacia dos Campos Gerais abrilhantou a 8ª Expocarambeí neste final de semana no Parque Histórico de Carambeí. Cerca de 200 animais foram avaliados oficialmente para o ranking nacional. “Aqui está representada a elite do gado holandês branco e preto”, disse Eldo Berger, coordenador da exposição e gerente pecuário da Batavo Cooperativa Agroindustrial.

Segundo Berger, a exposição ajuda os produtores a avaliar seu desempenho em relação ao plantel e de seus investimentos em genética, que podem representar até 12% dos custos totais de produção. A variedade genética encontrada na região é buscada pelos mercados de Minas Gerais, São Paulo e estados do nordeste.

“A venda de genética representa até 30% do nosso faturamento anual”, contou o produtor Hendrik Walter Degger, da Chácara Degger que tem um plantel de 130 animais e uma produção diária de 1,8 mil litros por dia.

De acordo com Hendrik, o investimento em genética por parte dos produtores dos Campos Gerais é o diferencial que faz com que essa bacia leiteira seja a de melhor em qualidade do país. “A base genética que se tem nessa região é bem grande, pois aqui se investe há muito tempo no melhoramento”, disse.

Hendrik contou que para melhorar a qualidade de seu rebanho, ainda investe em sêmem norte americano e canadense, cerca de R$ 6 mil por ano, fora o que aplica na importação de embriões. “Dessa forma, ajustamos todas as características dos animais”, explicou. “Existem características mais herdáveis que outras, mas, mesmo assim, corrigimos características físicas dos animais, como por exemplo, altura, tipo de patas, entre outras”, disse.

Vinicius Dijkstra (21), que trabalha na produção de leite desde os 12 anos e que está na terceira geração dedicada à pecuária leiteira, trouxe seis animais à exposição para representar a Fazenda TDF. Segundo ele, as melhores novilhas ganham um tratamento especial desde que nascem, como por exemplo, na nutrição.  A TDF conta com 153 animais e tem uma produção média de 4,7 mil litros por dia.

Para se ter ideia de quanto o investimento em genética pode representar, Vinicius contou que a dose de sêmem para a inseminação artificial tem preço variável entre R$ 10 e R$ 300,00 e a compra de embriões de U$ 1 mil a 3 mil. “A exposição é uma ação de marketing para a gente, aqui temos a chance de mostrar o que investimos em nossas propriedades”, explicou Vinicius.

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