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Clipping: Campanha vai arrecadar fundos para restaurar Capão Alto

O proprietário da Fazenda Capão Alto, Koob Petter, juntamente com Fábio André Chedid Silvestre e Tarás Antônio Dilay, curadores da empresa responsável pelo projeto de recuperação do espaço, estiveram na manhã desta quinta-feira (30), apresentando uma proposta de parceria com a Prefeitura de Castro. O objetivo da empresa é motivar a visitação com projetos a serem desenvolvidos pelas escolas municipais e outras entidades. A equipe discorreu sobre a importância do patrimônio histórico-cultural para o município e pediu apoio para conseguir patrocinadores de empresas castrenses pela Lei Rouanet, de incentivo a cultura, para restaurar a estrutura e desenvolver o turismo.

A reunião contou com representantes das secretarias de Esporte e Cultura, Obras e Serviços Públicos, da Criança e Desenvolvimento Social, da Educação e Planejamento. De acordo com a secretária de Planejamento, Renata Macedo de Paula, a intenção de convocar o maior número de secretários foi pensar maneiras de auxiliar a iniciativa e promover ações sociais, que motive o turismo dos munícipes. “Além da administração auxiliar na captação de recursos com indústrias e com o comércio local, a equipe pede a parceria municipal em políticas públicas para a utilizando da fazenda na visitação educativa, cultural e de pesquisa”, comenta a secretária.

O proprietário acredita que o espaço é patrimônio da cidade, como também atrativo turístico do município. “As despesas são altas para a restauração do local. Por isso, é inviável eu como pessoa física alcançar sucesso sozinho. Precisamos da parceria com o poder público e de recursos da iniciativa privada para obter êxito”, comenta Petter.

A empresa responsável também executou o plano de construção Parque Histórico de Carambeí. Em sua explanação, Silvestre disse que foi conseguido a aprovação com o Ministério da Cultura da viabilização de arrecadar fundos com o setor privado, pela Lei de Incentivo a Cultura, também conhecida como Lei Rouanet. “O valor investido pela empresa patrocinadora não pode ultrapassar 4% do valor total devido pelo patrocinador a título de Imposto de Renda, no exercício fiscal do investimento”. Ele conta que 100% do patrocínio efetivo é deduzido na operação de cálculo do Imposto de Renda e Adicional de Imposto de Renda. “A intenção é conseguirmos recursos de empresas castrenses ou instaladas em Castro. Dessa maneira, o empresário deixa o imposto pago no município, auxiliando projetos que darão retorno para a cidade”, argumenta.

Ao todo, R$ 591 mil poderão ser arrecadados para um mapeamento arqueológico do solo e restauração parcial do local. Nos estudos arqueológicos a equipe contará com o professor Igor Chmyz, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e responsável pela coordenação da pesquisa. “Faremos parcerias com a UFPR e a Universidade Estadual de Ponta Grossa para este apoio técnico”, adianta Silvestre. No encontro, foram discutidos outros temas como a questão de infraestrutura para receber o turista.

Para o membro do Conselho Estadual de Patrimônio Histórico, Ronie Cardoso Filho, a iniciativa é louvável e auxiliará à restauração do local. Segundo ele, a Fazenda tem um grande valor para o município, pois contempla a origem de Castro. Cardoso salienta que qualquer atividade que seja desenvolvida, por mais que benéfica que seja ao turismo, não pode desgastar mais a estrutura do que já está desgastada pela ação do tempo. “É importante que as ações em relação a Capão Alto não comprometam a que já é bem estrutura antiga. Por isso, a importância de todo um planejamento e recursos para a restauração e futuramente para novas obras de infraestrutura no local.”, avalia Cardoso.

 

Sobre a Fazenda Capão Alto

A Fazenda Capão Alto foi tombada pelo Estado no início da década de 80 e está em processo de tombamento federal. O complexo conta com as ruínas de uma capela (de taipa de pilão) datada de 1.740, um Casarão Colonial de 1.858, entre outras construções.

O local remonta o início da colonização nos Campos Gerais e era um local de pouso dos tropeiros que levavam mulas e gado de Viamão (RS) a Sorocaba (SP). No local da Fazenda, a antiga Sesmaria do Iapó, surgiu o primeiro assentamento, que depois foi deslocado dando origem a Vila de Castro. A posse da Fazenda é outra história a parte, pois esta passou da aristocracia paulista, aos religiosos Carmelitas, proprietários rurais paraenses e imigrantes holandeses.

 

Fonte:

Prefeitura de Castro

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